Caapii em tupi é mato (caa) fino (pii), origem da palavra capim da nossa língua. A sigla, coletivo de agroecologia do Pedro II, representa esse movimento cujo objetivo é revitalizar os canteiros do campus São Cristóvão II, restaurando paisagens com educação ambiental e proporcionando aos estudantes contato constante com a natureza.
Até 2016 os solos do campus não tinham vida, pois a camada de matéria orgânica - folhas e galhos secos que caem das árvores - era removida, ensacada e descartada como lixo. Tudo mudou quando passamos a cobri-los com esse material, revertendo uma cultura de desperdício que deixa de aproveitar pedagogicamente os próprios recursos. E trazendo vida para o solo!
Dentro da mata!
A importância dessas atividades no ensino fundamental 2 pode ser resumida nesse vídeo produzido por estudantes do 7º ano em 2017 (antes da pandemia!). Atualmente, buscamos expandir essa floresta para o campus São Cristóvão II, que tem bem menos espaços com solo, mas um grande potencial para aumentar a biomassa vegetal e a biodiversidade, principalmente nativa, além de promover o uso humano das plantas.
Recentemente, depois de alguns anos de muitos plantios, resolvemos fazer um inventário da biodiversidade do campus, com flora e fauna, para conhecer melhor o nosso patrimônio natural e usar esse conhecimento nas futuras ações. Por exemplo: nesse mapeamento de espécies, percebemos que as árvores exóticas prevalecem sobre as nativas do Brasil - não tem nenhuma na frente do campus! Logo, é necessário plantar mais delas daqui pra frente.
O Caapii agradece o apoio da direção de São Cristóvão II desde o início do projeto até hoje, em especial pela vinda do servidor Marcelo Sant'Ana para o campus. E também à Propgpec pelas bolsas concedidas aos jovens pesquisadores nos projetos de iniciação científica - veja os banners no fim da página. Abaixo, o nosso patrimônio natural inventariado pelos próprios estudantes, conhecendo aos poucos a natureza do seu território: isso é só o começo! Confira as listas, clique nas espécies e saiba mais!
Rogério Lafayette, professor de Geografia.
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